BEBÊS X PSICOMOTRICIDADE

11:37:00


Quando falamos sobre Natação para Bebês, temos um universo de informações técnicas que deveríamos deixar de lado, pois o fundamental, para lidarmos com crianças na faixa etária até 3 anos, é conhecermos a Ontogênese da Motricidade. Assim poderíamos dizer da estimulação e do respeito às individualidades no desenvolvimento humano.

Sobre o “corpo visível-funciona” há um “governo” inteligível modulado por fatores emocionais e afetivos. Nesse corpo ativo há um tônus de base:
-muscular – movimentos
-afetivo – humo (equilibrado ou não)
-mental – atenção – não há aprendizagem se não houver atenção (estado de alerta), pois a memória não é acionada.

Quando o tônus muscular se organiza uma função antagônica, entramos em movimentos corporais para um equilíbrio estático. Se os movimentos não alcançam condições fisiológicas de base, enquanto organização tônica, chegamos então a uma patologia.

Portanto todos podemos  SER ou NÃO SOMOS. Somos em algumas coisas e não em outras. Sempre há uma anormalidade em nós. Esse Psiquismo dentro do campo afetivo chamamos de “tonicidade psíquica”. E é assim que surge, então, o “freio inibitório” – psicomotricidade voluntária inibição de tônus – medo – afetividade desequilibrada.

O esquema corporal é criado a partir da representação da imagem corporal. É um processo de vida, chamado por alguns autores, como o centro  do mundo ou o centro da sabedoria humana, onde todos os potenciais psíquicos funcionam permitem atenção, memória, orientação espacial e temporal.

Aprendizagem permite O PODER.
Corpo permite O QUERER SER.
Psiquismo permite a O SABER.

Toda a arte do educador está na manutenção da dinâmica do respeito, esta depende da possibilidade que tem o educador de fazer perceber o que está vivenciando e de adaptar-se a isto. Saber esperar, compreender gestos e  atitudes, orientar a imaginação; enfim é preciso não reformar, mas repensar totalmente nos objetivos mais profundos da educação reverter totalmente os valores, dar prioridade ao SER e não o TER.

Concluímos que todo o trabalho realizado com os bebês surge dos CONTRASTES:
- da imobilidade ao movimento
- do silêncio ao ruído (talvez ao grito)
- de dentro para fora (com prazer de reaparecer)
- do quente para o frio
- do contato envolvente ao abandono desse contato
- da escuridão à luz
- do pequeno ao grande
- do fraco ao forte
- do lento ao rápido
- do relaxante à tensão
- do horizontal ao vertical

- da solidão ao encontro do(s) outro(s)

Jornal NADAR BEBÊ/ Maio 1992
Cacilda Gonçalves Velasco

You Might Also Like

0 comentários

Popular Posts